quinta-feira, 14 de julho de 2011

Estudos e Noticias

Diabetes está fora de controle em muitos países, diz estudo
 Pessoas com diabetes nos Estados Unidos e em vários outros países não recebem tratamento eficaz para controlar a doença, disseram pesquisadores dos EUA na terça-feira (1º). Eles também informaram que não é a riqueza pessoal, mas sim os seguros de saúde que determinam quais diabéticos serão bem cuidados.
Os resultados sugerem que milhões de pessoas com diabetes não são diagnosticadas ou tratadas, o que eleva o risco de morte prematura por doença cardíaca ou complicações significativas, como cegueira, doença renal crônica e problemas nos pés que podem exigir amputação.
“Muitas pessoas não são devidamente diagnosticadas com diabetes ou fatores de risco cardiovascular relacionados. As que são, não são tratadas com eficácia”, disse Stephen Lim do IHME (Health Metrics and Evaluation) da Universidade de Washington, em Seattle.
“Esta é uma grande oportunidade de reduzir o número de casos da doença nos países ricos e pobres”, disse Lim, que trabalhou no estudo publicado no boletim da OMS (Organização Mundial da Saúde).
O diabetes está atingindo níveis epidêmicos. Estima-se que 280 milhões de pessoas, ou 6,4% da população mundial, estejam sofrendo da doença, de acordo com os pesquisadores.
Pessoas obesas têm um risco maior e os casos estão previstos para subir rapidamente nas próximas décadas com o aumento das taxas de obesidade.
A equipe utilizou dados de estudos nacionais de saúde para o levantamento do diagnóstico do diabetes e das taxas de tratamento na Tailândia, Colômbia, Inglaterra, Irã, México, Escócia e Estados Unidos. Ela encontrou taxas generalizadas de diabetes não diagnosticado e mal tratado.
Nos Estados Unidos, cerca de 90% dos diabéticos adultos –ou mais de 16 milhões das pessoas com mais de 35 anos– deixam de respeitar as metas aceitas de níveis saudáveis de açúcar no sangue, pressão arterial e colesterol.
No México, 99% dos diabéticos adultos não atingem essas metas.
Na Tailândia, até 62% ou mais de 663.000 homens pesquisados não são diagnosticados ou tratados.
Entre os diagnosticados com diabetes, muitos não recebem tratamento adequado, de acordo com a equipe.
Dos diabéticos em todos os estudos, a taxa dos que atenderam aos objetivos de açúcar no sangue, pressão arterial e colesterol variou de somente 1% no México para 12% nos Estados Unidos.
“O custo de deixar diabéticos sem tratamento será enorme no futuro”, disse Emmanuela Gakidou, que liderou o estudo.
Surpreendentemente, a riqueza pessoal e a educação não afetaram as taxas de diagnóstico e tratamento em qualquer um dos países, exceto na Tailândia.
Mas os seguros de saúde desempenharam um papel importante.
O efeito foi mais forte nos Estados Unidos, onde os diabéticos adultos com seguro tinham duas vezes mais chance de ser diagnosticados e tratados do que aqueles que não tinham seguro.
“Esse é um grande efeito em um país com uma grande população de adultos com diabetes”, disse ela.
Em outubro, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA projetaram que até um terço dos adultos americanos poderiam ter diabetes em 2050, se a população continuar a ganhar peso e evitar exercícios físicos.

Fonte: Folha


Estudo: diabéticos não sabem diferença de produtos diet e light


Um estudo feito na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, com 120 pacientes com diabetes tipo 2 indica que, apesar de consumir produtos diet e light com frequência, mais da metade não sabe a diferença entre os dois tipos de produtos, não tem o hábito de ler o rótulo desses alimentos e também não controla a quantidade ingerida.
Entre os pacientes entrevistados (60 homens e 60 mulheres), todos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a média de idade era de 63 anos e 83,3% tinham sobrepeso ou obesidade.
Os dados foram obtidos por meio de um questionário envolvendo variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, história da doença e consumo de produtos dietéticos e adoçantes. A amostra foi composta principalmente por indivíduos com baixa escolaridade
A nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, autora do estudo feito como dissertação de mestrado defendida no Programa Saúde na Comunidade, da USP, com orientação do professor Laércio Joel Franco, alerta que o consumo excessivo desses produtos pode interferir no controle glicêmico e trazer prejuízos para a saúde dos pacientes.
Os alimentos diet são isentos de certos nutrientes encontrados no produto convencional, como açúcar, sódio ou gordura, e são elaborados para pessoas com exigências específicas, enquanto o light apresenta uma redução de, no mínimo, 25% do valor energético total ou de algum nutriente presente no produto convencional.
“O estudo conclui que informações sobre o uso adequado de adoçantes e produtos dietéticos é uma necessidade nas atividades assistenciais aos pacientes com diabetes, nos diversos níveis do SUS”, disse Paula à Agência FAPESP.
Como os indivíduos com diabetes precisam restringir a ingestão de açúcar, segundo ela o uso desses produtos pode suprir o desejo pelo sabor doce sem alterar a glicemia.
“O uso consciente e adequado desses produtos pode restringir o uso de açúcar, facilitar a adesão ao tratamento e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Verificamos, por exemplo, que apenas 41% dos pacientes têm o hábito de ler os rótulos dos produtos”, disse.
O trabalho indicou ainda que, embora não tenham sido observadas diferenças significativas entre homens e mulheres com relação à ingestão de produtos diet e light, os idosos consomem menos açúcares quando comparados com os adultos.
“Em resumo, apesar de usar menos açúcar, os idosos são os maiores consumidores de adoçantes entre todas as faixas etárias, enquanto as mulheres usam mais o adoçante fora de casa e se dizem mais preocupadas com a quantidade utilizada do que os homens”, disse Paula.
A nutricionista destaca que para obter um bom controle metabólico a educação alimentar é um dos pontos fundamentais no tratamento do diabetes, que atualmente apresenta impacto considerável como problema de saúde pública, pela morbidade, mortalidade e altos custos de seu tratamento.
Segundo ela, o uso de adoçantes e alimentos dietéticos é importante para as pessoas com diabetes, apesar de serem dispensáveis na alimentação. “Esse setor tem crescido muito nos últimos anos e, atualmente, 35% dos lares brasileiros consomem algum tipo de produto light ou diet, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos”, disse.
“As estimativas são de que o número de pessoas com diabetes do tipo 2 no mundo passará dos cerca de 135 milhões, em 1995, para 300 milhões em 2025″, apontou.


Mortes por diabetes crescem quase 50% de 1990 para 2006, diz estudo


Ministério da Saúde divulgou resultados do Saúde Brasil 2008.
Mortes por doenças cardiovasculares caíram 20,5%.
O número de mortes por diabetes no Brasil aumentou 47,2% do início de 1990 para cá. É o que diz o Ministério da Saúde em estudo divulgado nesta quinta-feira (19), o Saúde Brasil 2008. O aumento é referente ao período de 1990 a 2006, e o ministério atribui o fato à mudança nos hábitos de alimentação dos brasileiros nas últimas duas décadas.
Segundo o estudo, o aumento está mais concentrado entre homens com 40 anos de idade ou mais. Por ano, o número de mortes por diabetes nesse grupo cresceu em média 2,3%. Entre mulheres maiores de 40 anos, o aumento foi de 1,7% ao ano. As mortes entre pessoas de 20 a 39 anos, por outro lado, diminuiram 1,6% para mulheres e 1,5% para homens por ano, em média.
Doenças cardiovasculares
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. Também no período de 1990 a 2006, a pesquisa detectou queda de 20,5% em óbitos dessa natureza. Infarto e acidente vascular cerebral (AVC) são tipos de doenças cardiovasculares.
A queda, no entanto, não representa a realidade da região Nordeste, onde mais pessoas têm morrido por essas doenças. As regiões Sul e Sudeste, que tiveram quedas ainda maiores que os 20,5%, pesaram contra os números do Nordeste e deixaram a média positiva.
Entre as doenças cardiovasculares, o AVC é a causa de morte mais comum, responsável por 9,4% dos casos. Doenças isquêmicas do coração, como o infarto, correspondem a 8,8%.
Observando-se os números apenas das doenças isquêmicas do coração, a queda também acontece em todas as faixas etárias e ambos os sexos nas regiões Sul e Sudeste. Já o Nordeste apresentou alta geral de 1,4% ao ano.

Fonte: G1

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